Prodígio de Arte Narrativa e de Arquitectura Significativa (Estrutura Global da Obra) - Os Lusíadas

No Renascimento, um poeta glorificou o povo português “o peito ilustre lusitano”. O poeta foi Camões e na obra “Os Lusíadas”, uma epopeia de imitação. Utilizando o género épico, a narração em verso, o poeta arquitectou a obra simples e articulada.

Efectivamente, esta harmonia constata-se à priori na estrutura externa. A obra distribui-se por dez cantos e tem um total de 1102 estrofes. Estas são oitavas e os versos decassilábicos “Es/ta/vas/, lin/da I/nês/, pos/ta em/ so/sse/go”, na maioria heróicos e, por vezes, sáficos. O esquema rimático é regular ABABABCC.

Novamente, a unidade e integridade da obra evidenciam-se na estrutura interna, constituída por quatro partes: Proposição, o poeta anuncia o que vai cantar; Invocação, pedindo ajuda às divindades (Tágides); Dedicatória, oferecendo a obra a D. Sebastião; e Narração, narrando as acções, iniciadas «in media res».

De destacar os planos narrativos: a viagem de Vasco da Gama, o principal; em paralelo, o plano mitológico e uma narrativa encaixada, a História de Portugal. No final de cada canto, as intervenções do poeta “…mas de ver que venho/ Cantar a gente surda e endurecida”.

Sumariamente, dotando a epopeia de uniformidade e coerência, o poeta expressa o heroísmo lusitano, com solenidade e grandeza “Ó gente ousada”.

Texto Expositivo-Argumentativo escrito por Ana Alves

2 reacções:

Anónimo disse...

ler todo o blog, muito bom

Anónimo disse...

obrigada pelo blog est a ajudar-me imenso a estudar

 
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